segunda-feira, 6 de março de 2017

Os 7 contos - A História de Amor (Parte I)



Era Uma vez...

Em um reino distante chamado Natuland uma velha história que pairava pelos bosques e vilas de uma antiga bruxa da qual tivera diversos nomes, porém atualmente vinha-se a acreditar que seu atual nome era Lore Earnshaw, mas não se sabia ao certo porque a escolha de tais nomes e nem como era feito, apenas ouviam que certo aldeão fora pego pelas mãos de Lore e depois era este encontrado morto no centro do reino, na praça real.

A tal história que circulava era sempre a que a bruxa seduzia os aldeões nas tabernas e assim os levava para seu esconderijo no qual os roubava o pâncreas e após tal ato os matava para usar o órgão para suas magias negras. O rei na época Joseph Arthuro III cansado de tais histórias e vendo o surto de pânico em sua população decidiu por a cabeça da bruxa a prêmio, a princípio ele não queria envolver-se por razões das quais nunca haviam sido expressas, no entanto em determinado momento tornou-se impossível manter-se neutro na atual circunstância na qual o reino se afundara e logo sua proposta fora de tamanho interesse que atingiu até os reinos vizinhos.

O rei prometera um lugar de destaque na realeza e tesouros em valores inestimáveis ao bravo que trouxesse a cabeça de Lore, muitos não entenderam qual a razão do rei passar tão subitamente de nulo ao ser mais preocupado de todos, mas a população logo saiu de seu estado de medo e foi à guerra, eram dezenas de homens atrás de Lore, e para aqueles que acreditaram que devido a tal circunstancia a bruxa pararia enganou-se, agora já não mais raptava homens, pois estes estavam a caça-la e sim crianças, só que desta vez não roubava mais seus pâncreas e sim seus coraçõezinhos. No meio de tamanha loucura e pavor que tomou a cidade o rei proibiu que seus filhos, os príncipes Joseph Arthuro IV o sucessor ao trono e Joseph Arthuro V, saíssem dos arredores do castelo.

Joseph Arthuro V era conhecido pelo seu mau comportamento, o qual sempre fora entendido como revolta por não ser o próximo ao trono, mas na realidade ele mal se importava em ser da realeza e não suportava o fato de ter de ser um exemplo para sua cavalaria real, o rapaz era um fanfarrão que curtia bebedeiras e mulheres. Certa noite Joseph V resolveu desobedecer a seu pai, porque estava cansado das mulheres do reino e as bebidas reais já não o satisfaziam mais e por isso colocou sua roupa de camponês, uma que se apossou certa vez de um cadáver e usava como disfarce para ir às vilas, montou num cavalo e partiu a Taberna dos 5 anjos a qual era conhecida pelas mulheres da vida que lá trabalhavam, mas Joseph não buscava a elas pois lá já provara de todas e sim as camponesas que ficavam do lado de fora tentando observar o que se passava lá dentro.

Foi então que entre uma caneca e outra que uma moça ruiva, de olhos verdes como as águas mais límpidas de Natuland e com um vestido longo e mangas compridas num tom verde do qual despertara atenção a qualquer um que olhasse, fora é claro o perfume do qual podia ser sentido a incríveis distâncias adentrou a taberna e todos os homens olharam para ela imediatamente, o dono do local logo se aproximou e perguntou se esta procurava um emprego e a mesma disse que não, estava ali em busca de uma informação, pois estava perdida. Alguns homens já alcoolizados se aproximaram dela e tentaram aproveitar-se da donzela, o dono logo disse pra ela que o melhor a fazer era sair de lá e pedir informação em outro local se esta quisesse permanecer intacta.

A moça assustada fugiu e naquele momento os aldeões a seguiram como cães ferozes, e aquele rapaz do qual mal fora notado e era um príncipe saltou de seu banco e correu até o cavalo no qual fora atrás da donzela encontrando-a em apuros, sacou sua espada e lutou até que um aldeão fugiu e três foram mortos, a bela moça olhou para aquele rapaz que não parecia saber nem se quer pegar em uma espada e perguntou: - Qual nome de meu salvador? Joseph V era um rapaz novo, cabelos castanhos longos, uma barba por fazer e olhos azuis como o céu, claro que para quem via suas vestes mal poderia crer que ele fosse um príncipe, na realidade o que se levava a crer era que não passava de um camponês que trabalhava em alguma fazenda mal sabendo manejar uma espada.

Joseph pensou um pouco enquanto a levantava do chão e respondeu: - Meu nome é José, sou camponês e você? A moça logo perguntou:- E como um camponês possui tamanha graça com a espada? E ele respondeu: - Meu pai, ele foi da cavalaria real e me ensinou. Isto posto ela respondeu: - Meu nome é Laura.

Ao mesmo tempo em que Laura limpava seu vestido Joseph V ajoelhava-se e logo em seguida ele pegara sua mão e beijara; após tal ato ele se levantou e perguntou para onde a moça iria e se poderia leva-la, a moça lhe informou um endereço e ele assim a ajudou subir no cavalo para leva-la. Quando chegou ao local fornecido viu que era um bosque e como estava escuro mal se dava pra enxergar a casa dos parentes dos quais a moça falara durante o trajeto, Joseph como um bom cavalheiro disse que a acompanharia até a porta, só que prontamente ela discordou e disse que não seria de bom tom aparecer com um jovem que mal conhecia na porta de seus tios. Laura naquele momento sumiu floresta adentro enquanto o príncipe tomou seu rumo ao castelo.

No castelo seu pai estava mais que preocupado com seu sumiço noite adentro, sua mãe estava passando mal e seu irmão queria lhe matar. Ao adentrar os portões guardas estavam esperando e espalhados pelas vilas atrás dele que à vista disso foi levado direto ao trono e quando sua mãe o viu desmaiou, o jovem se encontrava em vestes totalmente inadequadas, sujo de terra e sangue. Joseph V inventou uma longa história para o pai e em seguida foi banhar-se. Durante o banho tudo que se passava em sua cabeça era a donzela, ele então se perguntava se aguentaria esperar até o sol se por novamente para ir atrás dela e logo ao deitar-se começou a pensar no que faria para conquistar o coração daquela que roubou o seu.

O dia seguiu-se e foi uma tortura, logo que o sol se pôs ele tratou de pegar o cavalo e sair para procura-la, desta vez pouco se importou com as vestes, para a surpresa do príncipe ao adentrar a floresta não havia casa alguma, tampouco a jovem. Joseph V viu-se desesperado e não conseguia compreender a situação, nesse momento ele resolveu explorar ao redor e procura-la, assim a noite se passou e o jovem adormeceu sob uma pedra. Logo que o sol raiou novamente ele acordou e foi até um pequeno riacho que havia ali perto, chegando lá lavou seu rosto e viu a margem do outro lado uma rosa, talvez a mais bela rosa já houvesse visto, atravessou com seu cavalo e pegou.

Com a rosa na mão aproximou ela do rosto e sentiu seu perfume que ao mesmo tempo mesclou-se com um cheiro que já era conhecido e bem difícil de esquecer, foi quando sentiu uma mão tocar seu ombro, num toque delicado e ao virar-se deparou com Laura, sem jeito ele ajoelhou-se e entregando a rosa disse-lhe: - Ó bela donzela, das flores mais belas agora quero que fique com ela. A moça sem jeito aceitou e num gesto segurando o vestido reverenciou em agradecimento. Joseph se levantou e foi com a moça até a margem do rio aonde sentaram e conversaram por um tempo, até que ele notou que a moça não questionara suas vestes e assim sendo ele disse num ar de espanto: - Por que tu não questionaste minhas roupas, quando outrora questionaste até o uso de minha espada?! E a moça lhe respondeu: - José, digo Joseph V você é um príncipe e não há quem não o conheça apesar de trocares as vestes, não procurei ser indelicada naquela noite, apenas aceitei o que me disseste.

O príncipe parou por um tempo para pensar, e preferiu não levar a história à diante, logo à manhã virou tarde e a tarde noite, foi quando ela disse que tinha que ir que ele lhe disse: - Por todos os Deuses me diga aonde poderei reencontra-lá novamente! E ela respondeu com um sorriso no rosto: - Quando for necessário eu o encontrarei. Em seguida ela sumiu dentre as árvores. Joseph V subiu em seu cavalo e foi para o castelo, quando chegou à situação encontrava-se um pouco pior que na noite em que sumira, seus pais o proibiram de sair e fecharam os portões, a preocupação era imensa, pois as mortes haviam parado por duas noites e eles pensavam no pior que poderia acontecer, Lore a bruxa matava há no mínimo três séculos todos os dias, o que poderia tê-la feito parar?! Essa ainda era uma questão a ser resolvida.

Desesperado e sem saber o que fazer começou a pensar num plano, cada vez mais o coração do rapaz desejava Laura e ele agora não tinha por onde fugir; Uma ideia não demorou a surgir em sua mente, como ele era o Chefe da cavalaria real ordenou uma expedição atrás da bruxa, afinal se ela era a razão dele estar prisioneiro em seu castelo que isso tivesse um fim. Seu pai admirou sua posição, no entanto ordenou que seu irmão fosse com os cavaleiros ao invés de Joseph V, o jovem enlouqueceu naquele momento e num ato de fúria matou um soldado para apossar-se de sua roupa, afinal naquela noite a cavalaria sairia atrás da bruxa e ele iria junto seu pai querendo ou não.

Logo que se afastaram das redondezas do reino ele dispersou-se da cavalaria e foi à procura de Laura, perdido noite adentro e vagando de vilarejo em vilarejo ouviu o grito de uma mulher, ao correr para o encontro do som deu de frente com uma pequena casa, pulou do cavalo e arrombou a porta, porém o que vira fora apenas uma mãe no chão chorando com sua filhinha no colo. Ao vê-lo apontou para as escadas e berrou: - Ela subiu! O rapaz sacou a espada e rapidamente estava no andar de cima, ao abrir a porta do quarto deparou-se com uma longa saia de vestido roxa saltando da janela e sumindo numa nuvem de fumaça de mesma cor em seguida, era tarde de mais.

Quando correu até a janela Joseph já não conseguiu ver mais nada, virou-se e desceu ao encontro daquela mãe desolada, ele a ajudou se levantar, tirou um lenço do bolso, o qual a senhora enxugou as lágrimas e em seguida lhe perguntou como a moça era e ela então respondeu: - Altura mediana, cabelos ruivos, um vestido longo de mangas longas roxo, bom... Antes mesmo de deixa-la terminar a frase o jovem a fez outra indagação, queria saber se esta poderia fornecer os traços de Lore e de seu filho que fora raptado ao retratista real, prontamente a senhora aceitou. Joseph V em seguida avistou alguns cavaleiros pela janela da sala, foi até eles e ordenou que buscassem uma carruagem imediatamente.

Não demorou muito para a carruagem chegar e eles partirem rumo à casa do retratista, afinal já estava amanhecendo mesmo e ele já iria sair para o trabalho, não custava nada pega-lo antes de seus afazeres para um serviço real. Foram atendidos rapidamente e o príncipe lhe pediu que fizesse os retratos, nesse mesmo tempo ele sentira aquela tal fragrância inesquecível, pediu licença para se retirar e deu as ordens para que seus cavaleiros levassem aquela senhora e a filha para casa assim que acabassem. Em seguida o jovem saiu em disparada procurando de onde vinha o perfume que sabia que era de Laura, fora correndo de lado a lado como um cão farejador e quando se deu por conta estava dentro duma gruta pouco iluminada, mesmo enxergando pouco encontrou um pano de cor verde no chão e ao abaixar-se para pegar notou que não era qualquer pano e sim um pedacinho do vestido de Laura.

Joseph ficara intrigado com tudo aquilo, guardou em seu bolso o paninho saindo em seguida da gruta. Ele caminhou um pouco e depois se sentou num morrinho de terra próximo a uma cachoeira se questionando o que havia acontecido, a bela jovem surgiu dentre as árvores sem ser notada e fora se aproximando de Joseph, ele mal esperava tal situação e num instante sentiu um braço envolvendo seu tórax e lábios tão delicados quanto às pétalas de uma rosa tocar seu pescoço por detrás, nessa altura ele já sabia mesmo sem tê-la visto que era Laura, delicadamente ela se dirigiu a sua frente surpreendendo-o novamente, a jovem estava nua.

O príncipe perdera até a reação com tamanha beleza, sem jeito e sem saber que atitude tomar levou as mãos até os olhos para tapa-los e antes mesmo que o fizesse a bela donzela pegou-as e colocou em seus delicados seios, enquanto apalpava-a carinhosamente o rapaz aproximou seu rosto no de Laura e seus lábios se tocaram pela primeira vez, ele a envolveu em seus braços e ela correspondendo suas carícias foi despindo o jovem. O que ele estava sentindo naquele momento era algo inesperado, afinal um homem que havia sido de tantas mulheres não deveria se surpreender com nada, porém Laura era diferente, o jovem estava pela primeira vez vivenciando o amor verdadeiro, o ato de se estar como quem ama e o real significado de fazer amor, não apenas sexo que era o costume de Joseph. Quando já não tinham mais forças ambos foram até a cachoeira se lavar e ainda em êxtase com tal circunstancia, após um beijo ardente Joseph lhe perguntou: - Laura venha morar comigo, venha ser a princesa... Digo... Quer casar comigo? E então um breve silêncio se seguiu.

A donzela algum tempo depois suavemente beijou os lábios do rapaz e disse-lhe: - Na 12ª lua me encontre no penhasco de Juhdora e lhe responderei. Levantou-se, saiu da água e se vestia enquanto o príncipe calculava quando seria esse tal dia, virou para ele mandando um beijo soprado antes de parir e ele exclamou: - Mas bela donzela, eu ficarei sem vê-la por quase três meses! Eu não sobreviverei sem vós meu amor!

Laura nada respondeu sumindo dentre as árvores donde outrora saíra, Joseph retirou-se da água um tanto quanto desolado e tratou de se vestir rapidamente, foi caminhando naquele final de entardecer até a casa do retratista para buscar o seu cavalo e retornar ao castelo. Chegando lá já era de se esperar que seu sumiço tivera sido notado, no entanto antecipou-se e antes que seus pais dissessem qualquer coisa mostrou os retratos explicando que havia se infiltrado na missão por que queria acabar como o sofrimento de seu reino e seguiu contando uma longa história que não era exatamente a verdade, mas que no final serviu para convencer-lhes de tirá-lo do castigo permitindo que ele participasse das missões futuras.

Não tinha lá muita serventia estar livre agora que era sabido que só veria seu amor em três longas luas, mas ao menos ele poderia distrair-se e claro, também planejava acabar com essa bruxa para que quando casasse e tivesse seus filhos eles encontrassem um mundo melhor do que todos viviam a três séculos, de trevas e medo. Os dias eram uma eternidade para aquele coração apaixonado, as noites eram tortuosas e quanto mais se apertava dentro de si aquele sentimento o jovem se afogava em bebidas. Todos foram notando que se passavam dias e mais dias e apesar do alcoolismo constante o rapaz já não farreava mais e tão pouco se encontrava com mulheres, seu pai assistia-o enquanto vagava bêbado e obstinado em todas as manhãs de vilarejo em vilarejo procurando pala bruxa e começou a se preocupar.

Joseph V já não aguentava mais, faltavam umas três luas médias para o reencontro e o jovem encontrava-se aos pedaços, cansado de tudo aquilo foi ao encontro de seu pai pedir-lhe que mudasse o turno de seus patrulhamentos para achar essa maldita bruxa, nas palavras de ódio do rapaz; afinal se ele quase a encontrara uma vez de noite o que o impediria de acha-la novamente? Seu pai nada respondeu e para a surpresa do jovem lhe entregou um pacote, pediu que ele se lavasse e vestisse a roupa para o jantar, pois seria este muito especial e ele fazia questão que o rapaz participasse para que depois pudesse repensar na proposta de troca de turnos. Sem mais questionamentos e como jamais desobedecera a uma ordem de seu pai na frente dos empregados foi cumprir o pedido.

Perguntando-se sobre o que poderia se tratar tal evento em meio a tantos problemas que o reino enfrentava como o sumiço de crianças e mais crianças dia após dia ele vestiu-se com a roupa que ganhara, mas estranhamente ela possuía tamanha elegância e formosura como nunca vira ser usada para uma simples janta em família antes. Ao chegar ao salão de jantar pode observar seu pai ao centro, sua mãe, Joseph IV, um homem com de alguma realeza a julgar suas vestes, uma senhora de meia idade que o acompanhava aparentemente, uma jovem loira de cabelos platinados e seis crianças de idades variadas.

Num ato de respeito curvou-se e cumprimentou a todos que estavam sentados na mesa e estes se levantaram reverenciando de volta, seu pai pediu para que se sentasse e levantou-se fazendo uma breve apresentação: - Filho estes são Lord e Lady Vandergast do reino de Vanhalla e quero lhe apresentar a filha deles, Victoria Vandergast. Joseph V ficou pálido e quase caiu da cadeira, sua mãe observando tudo pediu um minuto e se retirou com o rapaz do recinto, ela questionou qual era o problema com ele e contou-lhe que seu pai havia arrumado com muito trabalho um casamento que além de trazer conveniência para o reino acabaria com a preocupação que tivesse passado do garanhão de Natuland para um homossexual mal falado.

O príncipe num ato de fúria deu um grito tão alto que pudera ser ouvido de fora das paredes de pedras do castelo: - Vocês enlouqueceram foi?! Sua mãe se assustou e pediu que ele se acalmasse e explicasse qual era o problema, afinal o reino tinha interesses e a jovem era mais do que ele poderia ter sonhado um dia, mas é claro que Joseph não iria contar a verdade, porque seus pais jamais aceitariam que ele casasse com uma camponesa que tanto eles quando o jovem mal a conheciam. Sem jeito disse à sua mãe que seu interesse no momento era puramente proteger o reino e pediu que eles se preocupassem com o sucessor ao trono enquanto seguia direto para seu quarto.

Sua mãe então retornou ao salão de jantar e ao adentrar sozinha logo fez o rei surtar, ele levantou-se num ato de fúria e questionou onde estava o filho e ela foi até ele e sussurrou ao seu ouvido toda a história, algo que não passou de alguns minutos, porém aguçou uma enorme curiosidade em Joseph IV e os convidados. O rei já muito conhecido por seus atos impensados e impulsivos levantou-se da mesa e seguiu ao quarto do jovem.

Joseph andava de lado a lado em seu quarto pensando no que fazer a respeito de toda aquela situação, quando de repente seu pai arrombou-lhe a porta num supetão que lhe deixara de cabelos em pé, seu pai lhe pegou pelo colarinho de sua camisa e disse-lhe: - Ouça aqui garoto, você vai descer imediatamente para o jantar e quando terminar vai chamar Lady Victoria Vandergast para uma volta no jardim no qual a beijara e então a fará se apaixonar por você! Logo o príncipe retrucou e disse que jamais o faria e em resposta o seu pai disse: - Se não o fizer em alguns dias alguém contrairá uma misteriosa febre e depois morrerá, ou pelo menos será isso que pensarão.

Joseph então estremeceu as pernas a primeira vez em sua vida e num momento entre o medo e a preocupação aceitou a proposta de seu pai, afinal era sua vida que estava em jogo e também não poderia morrer e deixar sua amada a sua espera. O jantar prosseguiu-se e para surpresa de Joseph V que se sentou ao lado de Lady Victoria Vandergast ela não tinha nada de uma inocente donzela, durante o jantar a jovem colocara suas mãos na coxa do rapaz por debaixo da mesa inúmeras vezes, sem contar as passadas de sua perna na dele e as tentativas de pegar em sua genitália.

O príncipe passou totalmente sem graça durante todo jantar, afinal a carne é fraca, mas seu coração era pertencente apenas uma pessoa, ao terminarem Joseph V tinha de seguir com as ordens do rei e então logo depois de todos se levantarem e o rei e a rainha convidarem a família Vandergast para passar a noite e irem apresentar-lhes seus aposentos, afinal vinham de um reino não tão próximo, o jovem convidou Lady Victoria para um passeio no jardim, aonde poderiam assistir a luz do luar e óbvio que a moça aceitou.

Caminharam por algum tempo nos jardins do castelo até que juntos adentraram no labirinto que tinha em seu centro um belíssimo jardim cultivado pelas mãos do melhor jardineiro do reino de Natuland, logo após alguns minutos o jovem aproximou-se da moça com o intuito de cumprir sua ordem de beijá-la, porém mais uma vez a jovem o surpreendeu e antes que ele pudesse tomar qualquer atitude ela ajoelhou-se e tirou-lhe as calças, como já comentara anteriormente a carne é fraca e Joseph sem ação deixou que tão ato ocorresse.

Algum tempo se passou e a jovem levantou-se e beijou ferozmente o rapaz, ele levantou suas calças e a moça logo em seguida pegou sua mão e puxou-o para voltar ao castelo com muita pressa, adentrando ao castelo ela indagou-o qual era seu quarto e ele parou por um segundo e relembrou das palavras de seu pai, pegou a jovem no colo e levou-a para seus aposentos. Após entrarem em seu quarto a jovem que fora deixada sobre a cama enquanto o rapaz fora se despir em seu banheiro levantou-se e foi beber alguns cálices de vinho, quando o príncipe voltara já nu ela imediatamente jogou seu vestido no chão.

Lady Victoria então foi beijando o rapaz até que o deitasse na cama, sem delicadeza alguma e completamente distante de ser alguém que não soubera nada das “coisas da vida” montou sobre ele e num momento de prazer, porém de culpa ele apenas podia pensar em Laura, foi complicado para ele fingir estar gostando de toda aquela situação e poder satisfazer aquela fera insaciável, horas se passaram e o jovem mal conseguia manter a situação sobre controle quando finalmente a moça alcançou seu 8º orgasmo e caiu na cama adormecendo em pouco tempo.

Joseph logo que percebeu que ela estava roncando correu para lavar-se e depois fora beber como nunca bebera antes, quando mal se aguentava em pé o jovem se deitou ao lado de Lady Victoria e adormeceu. Apenas o álcool de fato podia tirar tamanho fardo dos ombros do rapaz e fazê-lo adormecer, a manhã chegou mais rápido que o esperado e ao acordar o rapaz não vira mais a jovem o que foi um alivio e também uma preocupação, então se vestiu apropriadamente e foi procura-la pelo castelo.

Quando não a achara em lugar algum decidiu ir até seu pai e perguntar do paradeiro dos Vandergasts e seu pai lhe respondeu num ar não tão agradável que a família partiu logo ao nascer do sol para sua terra, pois sua filha lhes contou que o príncipe era um pervertido que a embebedara e lhe abusara, o jovem ficara furioso e tratou de explicar tudo ao pai que riu, e então lhe indagou qual razão de tanta graça e o rei não hesitou em responder-lhe entre gargalhadas que pouco lhe importava a história real, ele apenas queria que seu filho voltasse a ser o garanhão que antes fora.

Joseph ficou furioso, montou em seu cavalo e saiu em disparada à floresta, a mãe preocupada que estava a ouvir toda a conversa implorou que seu marido mandasse homens atrás dele, no entanto o rei pediu que ela deixasse o jovem em paz um pouco para repensar na vida e em seus valores. O dia se esvaziava em meio à escuridão das trevas surgidas da noite, aquele era o momento do pôr do sol e também a hora em que todas as histórias de terror já contadas tomavam vida, era-se o tempo em que o mal tinha liberdade de caminhar sob a terra sem restrições até o romper da aurora e era esse o momento em que a bruxa iria atrás de sua próxima vítima.

Após passar o dia cavalgando dentre a floresta o príncipe parou bruscamente com seu cavalo e enquanto fazia um contorno para voltar aos vilarejos por uma pequena estrada sentiu aquele cheiro irresistível e desceu do cavalo correndo e seguindo por dentre os matos até que se deparou com uma pequena casinha de madeira, com as luzes acesas e fumaça saindo da chaminé. Ao chegar à porta ele bateu e para sua surpresa Laura atendeu logo e ele a indagou: - Oh bela donzela, ainda faltam tantos dias para o fatídico luar por qual razão a vim encontrar? A moça nem se quer o respondeu e pulou em seus braços entre calorosos beijos.
[...]