sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Cartas à Severina V


Querida Severina,
Demorei-me a escrever, não acha? Te escrevo porque estou sozinha. Meu amor dorme feito um anjo que é, e não quero acordá-lo. Ah, Severina! Vou sentir falta do toque macio dele.
Não, pare! Não vou agir feito egoísta. É melhor para ele, querida. Não posso.
O que me consola neste momento, Severina, são duas coisas. A primeira é que vou guardá-lo com as lembranças no coração, e quando a saudade tornar-se urgente, revivo-as. A segunda é imaginá-lo dormindo, tão lindo... Tão...
Ah, desculpe Severina, este é papo para o amor, não para você.
Passe bem,
Tua velha amiga.