sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Cartas à Severina II


Querida Severina,
Agradeço-lhe a pequena visita que me fizeste hoje, mesmo que tenha trazido consigo a mala carregada do costumeiro líquido amargo. Achas que vais ficar muito tempo? Terás que dormir no sofá até decidires ir embora. Também agradeço o presente, Severina, mas não bebo, tampouco fumo.
Severina, Severina... Diga-me, onde andas a paz? Andou sumida, há tempos não a vejo!
Perdoe-me a indecência, como vai você? Por aqui vou eu no mesmo lugar... Caindo nos (a)braços à minha volta.
Esperança está de vigem, saiu ontem pela madrugada, soubestes? Sim, tenho certeza. Ela fez questão de acenar adeus. Não, não foi um adeus. Foi um até logo, depende de quanto tempo desejares ficar, Severina.
Ao menos espero que tua estada seja confortável.
Tua velha amiga.