sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Cartas à Severina IV


Querida Severina,
Tenho mandado-lhe cartas a miúdo, não se incomode. Não sei porque insiste em bater na porta, se sabes que ela não se abrirá.
Não, Severina, não tente passar pela fechadura. Tu não passarás.
Pare, pare de bater incessantemente! Deixe-me. Não há lugar para você.
Tome, dou-te um lençol rasgado. Fique como lembrança porque não voltarás nunca mais. Não sou albergue.
Passar bem.
Tua velha amiga